2022-04-20

RETIFICADOR DE MEIA-ONDA

É o circuito retificador mais simples - veja a figura 9. Ele é chamado de retificador de meia onda porque apenas meio ciclo da forma de onda CA de entrada é convertido em CC na saída. O diodo permanece bloqueado (inativo) durante o outro meio ciclo de alternação.






Para melhor entendermos, vamos comentar um pouco sobre a corrente alternada. Nos reportaremos à figura 10.


Uma CA inverte a direção do fluxo periodicamente. As polaridades dos terminais de um gerador de CA se alteram periodicamente e uniformemente. Um ciclo é um deslocamento completo dos valores da voltagem.

Como nos mostra a figura 6, um ciclo da CA é completado quando a CA aumenta desde um valor zero, passando sem interrupção ao valor máximo positivo, indo ao valor zero, atingindo o valor máximo negativo e em seguida retornando ao zero.

O número de ciclos, passados sem interrupção num segundo, chama-se FREQUÊNCIA

Um ciclo é um conjunto completo de valores de voltagens, repetindo-se num circuito periodicamente.
A curva dos senos representa as variações de voltagem durante um ciclo. Equivale a uma rotação de 360° de um gerador. Logo, meio ciclo equivale a metade, ou seja, 180°.
Retornando ao conceito do retificador de meia onda, percebemos que ele aproveita apenas metade da tensão CA, produzindo a forma de onda da figura 11 B.










Com a inclusão do capacitor na saída do diodo, obtemos a forma de onda da figura 11-C. Este circuito de meia onda é largamente utilizado, especialmente em receptores de rádio de baixo custo. Ele é o menos eficiente dos tipos de retificadores e gera muito ruído.

Retificador de onda completa

Na figura 12 temos um retificador de onda completa.


Este, além de melhor do que o anterior, é usado em quase todos os aparelhos. São utilizados dois diodos para a retificação. Os ânodos são ligados às extremidades das metades opostas do secundário, com tomada central no transformador. Em qualquer instante, a voltagem em uma extremidade do secundário do transformador será de polaridade oposta à voltagem na outra extremidade. Para aproveitar estas duas polaridades, usamos a derivação central (CT) do enrolamento secundário, que deve ser aterrada.

Quando uma extremidade do enrolamento secundário estiver positiva, o diodo D-1 conduz e fornece corrente para RC (resistor de carga). Neste momento, D-2 está bloqueado. Meio ciclo depois, as polaridades do secundário serão invertidas, fazendo com que o diodo D-2 conduza justamente no instante em que D-1 ficou inativo. O resistor RC continua recebendo tensão contínua, só que agora via D-2. Assim, ambos os meios ciclos da forma de onda CA são retificados, formando o nome de "onda completa".

Observamos que no retificador de onda completa, a frequência de pulsação da voltagem CA retificada é o dobro da frequência da CA da entrada, a saber, 120 Hz. Esta frequência de pulsação mais alta torna-se mais fácil de ser filtrada, função esta a ser feita pelo capacitor C (eletrolítico).

Em um circuito de onda completa com derivação central, cada metade do secundário deve fornecer uma voltagem CA igual à voltagem da saída CC desejada. Portanto, o secundário deve ter o dobro da tensão CC desejada. Por outro lado, cada metade do secundário precisa fornecer apenas metade da corrente CC necessária para a carga.